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sábado, 22 de maio de 2010

Sao Paulo por mim e Vice Versa

Da garoa que molha meu velho tênis, que cruza as calçadas do centro velho e do centro novo de São Paulo vem também a paz e a nostalgia, que molha meu coração de alegria e saudade não sei nem do que...pois aqui, depois de cada sorriso na noite, ou beijo roubado e ganhado numa madrugada, sempre vem uma saudade com ares de felicidade, que nos acompanha até naquela segunda feira atolada de trabalho...

Mas é que a cada noite e a cada dia que eu vivo, e de cada balada que vivi com meu pessoal, no outro dia me sinto assim com receio de que as coisas não sejam mais assim, e então quando chove fino aqui, e eu olho pro alto de um edifício antigo ou novo, brota no meu coração uma leve agonia de um medo que não entendo, de que as coisas mudem pra mim e então eu falo assim...

Eu queria que nada mudasse aqui, que meus amigos nunca fossem embora pro interior com medo da criminalidade, eu gostaria que meus professores jamais morressem e que eu pudesse ter deles pra sempre a severidade e o sorriso que me faz crescer...eu não sei...

São Paulo é algo que nasceu em mim, e não eu que nasci nela, pois eu a amo, eu a receio, eu a odeio e eu quero ficar nela, e queria que ela ficasse mais em mim, mas o amanhã é tão incerto que talvez quem sabe seja eu o próximo retirante...eu não sei...

Seja eu, seja meus amigos, ou meus amores perdidos, ou ainda aquela pessoa que só vi uma vez na noite ou no dia, vai haver um momento só nosso... onde o coração tem um encontro com o sorriso que desaponta em cada amanhecer seja de inverno de verão em cada estação, e as novas pessoas que aqui chegam a todo momento também sentirão o abraço forte e amável, que as vezes é ate dolorido, mas que sabe acolher a todos que vivem em são paulo...

É assim... Em um curriculum enviado por alguem de coração apertado, ou um telefonema chorado pedindo pra voltar com o amado, ou um negocio fechado e um happy hour num bar com uma loira gelada e um samba cantado, e depois ir pra casa no transito parado, e a garoa, o calor, o frio ou mesmo a chuva forte que alaga a avenida, é assim que se vai escrevendo a historia desta cidade, que não para de ser escrita, e que também não para de escrever a vida da gente...

Se o amor tudo suporta, Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, então...eu sei que te amo São Paulo, e esta historia de amor ainda nem esta na metade, pois assim como meu velho tênis resiste a todo caminho que eu o imponho a seguir comigo... a tudo que você me impõe eu resisto bravamente pra ficar com você...e assim é o amor...faz parte meu receio, faz parte minha raiva, faz parte meu sorriso e esta cidade faz parte de mim, até o fim seja de que forma for...


by

Haroldo

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